terça-feira, 21 de dezembro de 2010

UMA COISA É UMA COISA, OUTRA COISA É OUTRA COISA.

José Alberto Tavares da Silva  


Passado o OBA-OBA das ações policiais exaustivamente exploradas pela imprensa mestrada, e cessados os ruídos maiores das “operações militares” que envolveram as forças armadas, é necessário fazer uma reflexão sobre muita coisa ocorrida porque, afinal de contas, nem sempre, no fundo, as coisas são como se apresentam na superfície.  


Uma coisa é a versão das autoridades, divulgadas pela imprensa, de que o motivo da baderna instituída na cidade do Rio de Janeiro foi a instalação das tais UPP nos morros. Na verdade, o que consta sobre o assunto é que a manifestação de desagrado dos bandidos se deu em face do rompimento de um acordo sobre o pagamento de propinas.  


Uma coisa é a informação das autoridades de que o crime organizado está sob controle e outra, bem diferente, foi a demonstração de força dada pelos bandidos em toda a cidade.  


Uma coisa foi a divulgação, pelo Sérgio Cabral, de que a intervenção das forças federais  atendeu a uma solicitação do governo do estado. Outra, foi a intervenção direta do Lula no problema por não suportar mais uma situação que, inclusive, já estaria prejudicando a imagem do Brasil no exterior. 

Uma coisa foi a tal Diretriz expedida pelo ministro general Jobim sobre o emprego das forças armadas. Outra coisa foi a reunião de Lula diretamente com os comandantes companheiros e as ordens para que providenciassem, com urgência, o emprego de suas forças.  


Uma coisa foi a aceitação, pelos comandantes militares, da quebra do princípio de emprego das forças armadas em situações de conflitos de natureza  interna sob o argumento de manutenção da lei e da ordem. Outra coisa foi a aceitação e o cumprimento pressuroso das ordens diretas do PR no momento em que um novo governo está sendo montado e serão definidos os companheiros comandantes das forças singulares. 


Uma coisa foi o emprego de helicópteros militares de várias procedências para localizar e fustigar a bandidagem espalhada por todos os cantos dos morros. Pirotecnia a toda prova. Outra coisa foi a permissão dada pelas autoridades para que as aeronaves militares fossem “policiadas” por outras pertencentes às diferentes cadeias de televisão, impedindo, assim, a faxina de dezenas de bandidos em campo aberto, correndo carregando armas, montados em motos  e enchendo carrocerias de caminhonetes. Um espetáculo vergonhoso, mas perfeitamente condizente com a defesa dos preceitos dos atuais governantes.  


Uma coisa foi realizar obras do PAC nas favelas. Outra foi a interveniência dos chefes do tráfico para que fossem realizadas alterações nos projetos, de modo a criar vias de escape, como, de fato, aconteceu, com as fugas pelas galerias pluviais.  


Uma coisa foi realizar o “cerco completo” do complexo do Alemão. Outra foi deixar livre uma das saídas para a evasão dos “sócios”. 

Uma coisa foi a fuga dos bandidos do complexo do Alemão. Outra, muito difícil de controlar, é a dispersão dessa gente fina não só pelos outros morros do Rio, mas, como parece já estar acontecendo, migrando para outros estados.  


Uma coisa são as passeatas dos calhordas vestidos de branco pedindo PAZ, desfilando pela Avenida Atlântica. Outra coisa são as reuniões deles mesmos, nas coberturas elegantes do bairro, para cheirar as “carreirinhas da branquinha”. Pacifistas, são os maiores patrocinadores de todas as desgraças. 
 

Uma coisa são as ONGs que se dizem preocupadas com os Direitos Humanos. Outra, são os repasses de verbas, gastas sem prestações de contas, enriquecendo muitos companheiros malandros. 


Uma coisa é manter 800 homens da brigada pára-quedista por 10, 20 ou 30 dias. Outra, muito diferente, é manter esses mesmos homens por oito meses, com repercussões administrativas, de instrução, e, mesmo, de disponibilidade para emprego em situações de maior gravidade. 


Uma coisa, segundo relato que circula na internet, é um agente da PF dizer para um cabo pára-quedista que ganha quase dez vezes mais que este, sempre às voltas com missões de alto risco. Outra, muito pior, é constatar que esse mesmo agente ganha mais do que muita gente graduada da brigada pára-quedista, o que é fácil de conferir.  


Uma coisa é ação pirotécnica. Forças armadas, helicópteros, carros blindados, armas de grosso calibre, televisões ao vivo e em cores, etc., etc.   Outra coisa é NÃO AGIR internacionalmente, junto aos provedores das drogas, confraternizando permanentemente com Evo Morales, o Cocaleiro  e  o bispo paraguaio que preside o principal supridor de maconha. 
E, para não deixar em situação difícil os companheiros das FARC, também grandes fornecedores do pó maldito, mas amigos do FORO DE S.PAULO, ainda dão emprego, a pessoa indiscutivelmente ligada às tais forças, no próprio governo, para, curiosamente, trabalhar na Secretaria da Pesca.


Pescando o que? 


POIS É. UMA COISA É UMA COISA. OUTRA COISA É OUTRA COISA. 

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

FHC e a Ópera do Absurdo


FHC foi o acorde dissonante na ópera do absurdo que Lula recomeçou.Augusto Nunes

De volta ao Brasil de sempre, resignaram-se há oito anos as paredes do gabinete presidencial depois de uma ligeira contemplação do novo inquilino. Desde 1960, quando Juscelino Kubitschek inaugurou o Palácio do Planalto, a grande sala no terceiro andar já abrigou napoleões de hospício, generais de exército da salvação, perfeitas cavalgaduras, messias de gafieira, gatunos patológicos, vigaristas provincianos e outros exotismos da fauna brasileira. Por que não um Luiz Inácio Lula da Silva?
Quem conhece a saga republicana sabe que a ascensão ao poder de um ex-operário metalúrgico só restabeleceu a rotina da anormalidade que vigora, com curtíssimos intervalos, desde o inquilinato de Jânio Quadros. Na galeria dos retratos dos presidentes, Lula está à vontade ao lado dos vizinhos de parede. Sente-se em casa. A discurseira delirante e ininterrupta está em perfeita afinação com a ópera do absurdo. O acorde dissonante é Fernando Henrique Cardoso. Um confirma a regra. O outro é a exceção.
O migrante nordestino que chegou à Presidência sem escalas em bancos escolares tem tudo a ver com o país dos 14 milhões de analfabetos, dos 50 milhões que não compreendem o que acabaram de ler nem conseguem somar dois mais dois, da imensidão de miseráveis embrutecidos pela ignorância endêmica e condenados a uma vida não vivida. Esse mundo é indulgente com intuitivos que falam sem parar sobre assuntos que ignoram. E é hostil a homens que pensam e agem com sensatez. É um mundo que tem pouco a ver com um sociólogo nascido no Rio que tinha escrito muitos livros quando se instalou no Planalto.
O Brasil de Lula tem a cara primitiva de sempre. O Brasil  de FHC provou que a erradicação do atraso não é impossível. Pareceu até civilizado no primeiro dia de 2003, quando se completou um processo sucessório exemplarmente democrático. Durante a campanha eleitoral, o presidente fez o contrário do que faria o sucessor. Embora apoiasse José Serra, não mobilizou a máquina administrativa em favor do candidato, não abandonou o emprego para animar palanques e consultou os principais concorrentes antes de tomar decisões cujos efeitos ultrapassariam os limites do mandato prestes a terminar.
NEM RUTH CARDOSO FOI POUPADAConsumada a vitória do adversário, FHC pilotou o período de transição e ajudou a conter a fuga de investidores inquietos com a folha corrida do PT. O Brasil de janeiro de 2003 tinha poucas semelhanças com o que Itamar Franco encontrou depois do despejo de Fernando Collor. Em 1994, o ministro da Fazenda de Itamar comandou a montagem do Plano Real. Nos oito anos seguintes, fez o suficiente para entregar a Lula um Brasil alforriado da inflação e da irresponsabilidade fiscal, modernizado pela privatização de mamutes estatais deficitários e livre de tentações autoritárias.
“Aqui você deixa um amigo”, disse o sucessor com a faixa presidencial já enfeitando o peito. Foi a primeira das mentiras, vigarices, trapaças e traições que alvejariam, nos oito anos seguintes, a assombração que está para o SuperLula como a kriptonita para o Super-Homem. Criminosamente solidário com José Sarney, a quem chamava de ladrão, obscenamente amável com Fernando Collor, a quem chamava de corrupto, o ressentido incurável, incapaz de absorver as duas derrotas no primeiro turno, guardou o estoque inteiro de truculências e patifarias para tentar destruir um antigo aliado, um adversário leal e um homem honrado.
Lula nunca pronuncia o nome nem as iniciais do antecessor. Delega as agressões frontais a grandes e pequenos canalhas, que explicitam o que o chefe insinua. Há sempre os sarneys, dirceus, jucás, berzoinis, collors, dutras, renans, mercadantes, tarsos, gilbertinhos, dilmas e erenices prontos para a execução do trabalho sujo que não poupou sequer Ruth Cardoso, vítima do papelório infame forjado em 2008 na fábrica de dossiês da Casa Civil. A cada avanço dos farsantes correspondeu uma rendição sem luta do PSDB, do PPS e do DEM. FHC não é atacado pelos defeitos que tem ou pelos erros que cometeu, mas pelas qualidades que exibe e pelas façanhas que protagonizou.
Ele merecia adversários menos boçais e aliados mais corajosos. Há algo de muito errado com a oposição oficial quando um grande presidente, para ressuscitar verdades reiteradamente assassinadas desde 2003, tem de defender sozinho um patrimônio político-administrativo que deveria ser festejado pelos partidos que o apoiaram. Há algo de muito estranho com um PSDB que não ouve o que diz seu presidente de honra. Nem lê o que escreve, como atesta a releitura de dois artigos publicados no Estadão.
O PONTO FORA DA CURVA
Em outubro de 2008, FHC avisou que a democracia brasileira estava ameaçada pelo “autoritarismo popular” do chefe de governo, que poderia descambar numa espécie de subperonismo amparado nas centrais sindicais, em movimentos ditos sociais e nas massas robotizadas.  “Para onde vamos?”, perguntava o título do primeiro artigo. A Argentina de Juan Domingo Perón foi para os braços de Isabelita e acabou no colo dos militares. O Brasil de Lula foi para Dilma Rousseff. É cedo para saber  onde acabará.
Em fevereiro, com 968 palavras, FHC enterrou no jazigo das malandragens eleitoreiras a fantasia costurada durante sete anos. “Para ganhar sua guerra imaginária, o presidente distorce o ocorrido no governo do antecessor, autoglorifica-se na comparação, nega o que de bom foi feito e apossa-se de tudo que dele herdou como se dele sempre tivesse sido”, resumiu. Depois de ensinar que o Brasil existia antes de Lula e existirá depois dele, recomendou que se apanhasse a luva atirada pelo sucessor: “Se o lulismo quiser comparar, sem mentir e sem descontextualizar, a briga é boa. Nada a temer”.
Em vez de seguir o conselho e sugerir a Lula que topasse um debate com Fernando Henrique, José Serra reincidiu no crime praticado em 2002 — com agravantes. Além de esconder o líder que aumentou a distância entre o país e a era das cavernas, apareceu no horário eleitoral ao lado de Lula, convertido num Zé decidido a prosseguir a obra do Silva. Aloysio Nunes Ferreira fez o contrário. Tinha 3% das intenções de voto quando transformou FHC em principal avalista da candidatura. Elegeu-se senador com a maior votação da História. Saudado por sorrisos, cumprimentos e aplausos quando caminha nas ruas de São Paulo, FHC nunca foi hostilizado em público. Depois da vaia no Maracanã, Lula não voltou a dar as caras fora do circuito das plateias amestradas.
Desde o dia da eleição, FHC tem exortado o PSDB a transformar-se num partido de verdade, com um programa que adapte à realidade brasileira a essência da social-democracia, combata sem hesitações a corrupção institucionalizada e, sobretudo, aprenda que o papel da oposição é opor-se, como ele próprio tem feito há oito anos. “Por enquanto, o único partido que temos é o PT”, repetiu há dias. “Sem uma linha política clara a seguir, o PSDB continuará a agir segundo as circunstâncias e a perder tempo com questões pontuais”. Pode perder de vez também o respeito e a confiança do eleitorado oposicionista, adverte a reação provocada pela Carta de Maceió. O teor vergonhoso do documento comprova que os governadores tucanos não captaram o recado do patriarca.
Na trajetória desenhada pelos presidentes da República, FHC é o ponto fora da curva. Pode ser esse o seu destino, sugere a paisagem deste fim de 2010. Assegurada a vaga na História, poupado da obsessão pelo poder, ainda assim não recusa o combate, não faz acordos, não capitula. Em respeito à própria biografia, e por entender que a nação merece algo melhor, continua a apontar a nudez do pequeno monarca. Oito anos mais velho, ficou oito anos mais novo: nenhum líder político é tão parecido com a oposição real, rejuvenescida e revigorada neste outubro por 44 milhões de votos, quanto Fernando Henrique Cardoso

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

A Volta de Um Sentimento Antigo: Patriotismo

Arnaldo Jabor - O Estado de S.Paulo



Eu sou segundo-tenente de Cavalaria da Reserva do Exército. Melhor dizendo, fui rebaixado, depois, para terceiro-sargento, por não ter feito o curso de aperfeiçoamento. Mas, sou, sim, um orgulhoso cavalariano da turma de 62, número 2611, apesar de quase ter sido expulso por minhas atividades estudantis, quando eu era o editor do jornal O Metropolitano, de notória tendência marxista-leninista, semanário que era lido com avidez pelos órgãos de repressão do Exército e onde só fui mantido graças à ajuda de um camarada-sargento do Partidão, da administração do quartel, que me avisou: "Olha aí... tu vai ser desligado."


Corri para meu pai, que veio em meu socorro. Meu pai era brigadeiro da Aeronáutica e entrou no quartel todo fardado - suas dragonas douradas brilhavam - e foi falar com o comandante do CPOR, entre continências respeitosas e sob meu olhar encantado com aquele apoio paterno sobre uma questão militar em que eu era pivô - eu, um reles comuna, sim, que sonhava em derrubar o imperialismo e seus aliados.


Não fui expulso e, hoje, confesso que não foi a única vez que tive orgulho do Exército.


O meu cavalo se chamava Himalaia, quando desfilei numa remota parada do 7 de Setembro. Passávamos vaselina no corpo do animal para que ele brilhasse ao sol da avenida, ajaezado com arreios de luxo, fazíamos uma trança em sua crina e, com os freios luzindo como ouro, desfilávamos com uma lança onde tremulava uma flâmula colorida, ao som de uma banda marcial. Dentro de culotes, botas e esporas, eu, o comuna montado, o bolchevique de cabelo zero, tremia de emoção patriótica.


Claro que não foram apenas dias de fulgor. O serviço militar era um inferno também. Quantas noites brancas, limpando bosta de cavalo, correndo por São Cristóvão às 3 horas da manhã, para pegar uma égua fugitiva que os "canalhas" da Artilharia soltavam para nosso desespero; daí termos inventado a doce melodia: "Quem quiser comer alguém/ seja noite ou seja dia/ dê um pulo na Artilharia."


Quanto horror da lama nas batalhas de Gericinó, do medo pavoroso de desmontar um morteiro de 81 mm que não explodira, quanto pânico quando os tenentes nos faziam pular obstáculos na Quinta da Boa Vista. Poucos conhecem o martírio de calçar os cavalos com ferraduras em brasa, sob os coices alucinados dos ditos corcéis e sob as vaias dos infantes e artilheiros empoleirados na cerca, nos sacaneando e nos chamando de "estrume".


Tudo isso criava um casco em minha alma frágil, que lia Rimbaud no vestiário e que uma vez, para pasmo do major, trouxe uma contribuição literária para a revista do Exército - uma poesia "trans-sintática" sobre O Cavalo - poema infelizmente nunca publicado pelos oficiais insensíveis e hoje perdido para a literatura e que (ainda lembro) falava em "o cavalo e sua quilha/ vogando entre lanças/ num campo de Ucello", recitado com ardor para o major, que certamente me achou meio "viado" (com i, por favor).


Depois, em 64, vi a UNE pegar fogo, comigo dentro. Depois, foi o horror da repressão, todo aquele baixo-astral: os "anos do milagre" da ditadura.


Mas, já naqueles anos eu também via certos detalhes da vida militar que me dão ainda hoje um travo de poesia brasileira. No fim do expediente, os oficiais garbosos de uniforme na caserna vestiam suas pobres roupas paisanas e iam para casa de bonde, visivelmente sozinhos e pobres em busca de suas famílias; ali, na tristeza daqueles dias militares, havia uns momentos de beleza rude. Havia as cornetas soando nas madrugadas cinzas, havia uma certa pureza medieval nos caibros das cocheiras, na cal das árvores pintadas, na comida brasileira das cantinas, no tosco desejo de ordem e progresso, num comovente patriotismo xucro. Havia uma solidão sacrificada nos milicos, nos soldos rasos, no orgulho dos uniformes, uma coisa positivista cambaia que eu via nas fileiras, como batalhões de "Policarpos Quaresmas".


Nas frestas do cotidiano, estava a missão militar despercebida. Naqueles hinos militares, que falavam em "pátria adorada", havia um projeto de Brasil até meio ridículo, mas puro. Nos bivaques e acampamentos, no texto parnasiano das ordens do dia, sentíamos uma rala e ingênua ideologia nacional, um tosco desejo de construir um país, tão estuprado pelos que realmente deitaram e rolaram no milagre brasileiro, transformando o Estado neste bordel de hoje. Hoje, já aprendemos; sabemos das táticas e técnicas dos corruptos e reacionários reais, pois a dolorosa contemplação dos escândalos que nos foram servidos pela democracia já faz parte da cultura política. Quando eu servia o Exército, tinha a sensação do desperdício de toda aquela organização verde-oliva numa luta abstrata contra os pobres guerrilheiros do absurdo. Eu pensava: hoje, os inimigos são a fome, a miséria endêmica; como esta imensa força de brasileiros de classe média poderia ser útil para "salvar" o Brasil.


E mais: os militares que conheci ultimamente ainda sofrem do preconceito que sobrou contra eles depois da ditadura. Ela foi terrível, sim, mas um general de hoje tinha cerca de 10 anos em 1964 e o Exército mudou muito. Claro que há contradições e atrasos, mas lá no Forte Apache, em Brasília, onde participei de um seminário, só vi homens bem informados, trabalhando em fronteiras e florestas e, mais importante que tudo, homens com um sentimento antigo, mas muito necessário hoje em dia - patriotismo.


Nesses anos de caserna, tive dois momentos de orgulho: um, quando meu pai entrou com as dragonas brilhando para me salvar; outra, quando meu coração bateu na Av. Presidente Vargas no 7 de Setembro, em cima do meu pangaré Himalaia.


Agora, houve a terceira onda de orgulho.
Na semana passada, vendo os militares treinados no Morro do Alemão, os paraquedistas treinados no Haiti, os tanques da Marinha, os helicópteros da FAB, pareceu-me estar ouvindo a banda tocar a Arma de Heróis em l962.
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