sábado, 9 de outubro de 2010

Lula, sua Popularidade e a Imprensa

Um admirador do Lula criticou-me por minha postura contra o seu admirado e desafiou-me a ler a imprensa internacional, insinuando que a imprensa brasileira não retrata verdadeiramente a grande contribuição que o Lula deu ao Brasil.

Eu, e não por acaso, leio rotineiramente vários jornais estrangeiros todos os dias, via internet.

Mas o que causa espanto é a sugestão de que, vivendo no Brasil, tenha que recorrer a jornais e revistas estrangeiros para saber o que o presidente do meu país está fazendo.

Faz sentido?

Segundo as pesquisas (ah!, as pesquisas . . .), o Lula tem 80% de aprovação popular. Será que os 20% que não o aprovam estão todos trabalhando para os jornais e TVs brasileiros?

Será que só o Mino Carta enxerga a realidade?

E por que a imprensa brasileira estaria contra o Lula, se ele tem 80% de aprovação? Os seus admiradores e aprovadores continuam comprando jornais e assistindo os canais de televisão que falam mal do seu líder?

Deveria ser o contrário, não é mesmo?

A "Carta Capital", revista que se especializou em elogiar tudo que o Lula e seu partido fazem, deveria estar com uma circulação "nunca antes" vista no nosso país.

E os grandes jornais, como o Estadão, Folha, Globo, etc., deveriam estar morrendo às mínguas.

Os autocratas não gostam de críticas. Todos os ditadores, sem exceção, controlam e controlaram a imprensa, como ferramenta de controle das massas.

Para o Lula e seu partido, a democracia ideal é aquela onde só exista um partido político e um jornal/TV, controlados pelo Estado.

Assim, fica muito mais fácil. O Lula escolhe a Dilma, o partido único apóia, a imprensa única elogia e todos vivem felizes o resto de suas vidas.

Em vez de eleições ( do Aurélio: eleição: s.f. Escolha feita por meio de sufrágio: eleição por sufrágio universal.), teríamos uma grande festa nacional, com muito chope e shows com muitos artistas, para ungir a sucessora escolhida pelo grande Führer, err, quero dizer, líder (desculpem, é que vivendo em Santa Catarina às vezes troco o português pelo alemão).

Mas, felizmente, não é assim.

Como o Lula e o PT devem ter aprendido (ou não) no último domingo, o povo brasileiro no seu todo, não é massa de manobra.

Não sei quem vai ser eleito, mas pela rejeição caracterizada pelos votos contra, nulos ou por uma das maiores abstenções da era democrática brasileira, a candidata do Lula vai ter que convencer muita gente para subir a rampa.

P.S.: Só para esclarecer aos não versados no idioma bávaro, Führer traduz-se como "condutor", "guia", "líder" ou "chefe". Deriva do verbo führen, "para conduzir".

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