Em 1989, quando se candidatou pela primeira vez, eu disse que ele era um canalha. Nunca me enganou, mas conseguiu enganar toda uma nação. Que paga o preço, agora.
O pão que o Lula amassou
Por Maria
Lucia Victor Barbosa, publicado no Instituto Liberal
No teatro
da vida a farsa se faz presente. A hipocrisia, a mentira, a simulação, a
impostura, a bajulação sempre ajudaram os vencedores da batalha da existência,
sobretudo, os dotados de retórica capaz de iludir e convencer.
Na
política, palco máximo da simulação, a farsa conta com o poderoso auxílio da
propaganda que se sofisticou e se disseminou através dos meios de comunicação,
especialmente os televisivos. Porém, a culminância da hipocrisia e do cinismo
chegou ao Brasil a bordo do governo petista, na medida em que marqueteiros
habilidosos esculpiram uma falsa imagem de Lula da Silva apresentado como proletário
pobrezinho, vítima da sociedade de classes e depois, num passe de mágica, o
transformaram em estadista.
Na verdade,
Lula é um semianalfabeto que de pobre não tem nada, um populista ambicioso e
sem escrúpulos que venceu pela sorte e não pelo valor. Na quarta tentativa ele
chegou à presidência da República na medida em que sua fala vulgar, rudimentar,
grotesca, circense provocou o sentimento de identidade tão caro às massas.
Disse
alguém que “a vida é a tragédia das escolhas”. A maioria dos brasileiros escolheu
Lula duas vezes. E depois mais duas quando ele logrou colocar em seu lugar o
chamado poste. E não foram somente os pobres que o escolheram o salvador da
pátria, chancelando a tragédia que ocorre agora no Brasil. Brahma ou Barba
chegou também lá montado no apoio dos que ele finge amaldiçoar como elites, ou
seja, banqueiros, empreiteiros, grandes empresários. E a classe média, que a
petista Marilena Chauí diz odiar, composta por intelectuais, artistas,
profissionais liberais, professores, estudantes universitários, endossou o teor
de fé da seita PT. Jactando-se de seu socialismo requentado, falso, atrasado,
tão comum na América Latina por conta da dor de cotovelo que se tem dos Estados
Unidos, a classe média erigiu Lula ao altar da pátria e o adorou.
Brahma
ainda teve apoio de parte da Igreja católica, das tradicionais ramificações
petistas sustentadas pelo partido como a CUT, o MST, UNE, e de outros ditos
movimentos sociais, além de conquistar a adesão de instituições como a OAB.
Impressiona
também o fortalecimento do PT através do apoio constante e fiel do PSDB,
especialmente de Fernando Henrique Cardoso. Nunca houve oposição ao PT nem
nunca haverá por parte dos peessedebistas. É tanta a devoção dos tucanos com
relação a Lula da Silva, que melhor fariam dissolvendo seu partido e entrando
para o PT.
A tragédia
das escolhas fortaleceu tanto Lula e seu partido que ele se imaginou capaz de
fazer o que bem quisesse. Assim, veio a enxurrada de erros na economia, a
gastança exacerbada, a corrupção desenfreada. E no primeiro mandato da
criatura, com Lula presidente de fato, foi o tempo em que ele caprichou no
amassar do pão amargo que os brasileiros agora engolem a custo e que se tornará
mais tóxico daqui para frente com o aumento da inflação, da inadimplência, do
desemprego, dos juros, do dólar.
Como não há
governo que aguente quando a economia vai mal, movimentos populares espontâneos
têm ido às ruas para pedir a saída da governanta. Parece que só agora foi
notada sua total incompetência, sua fala incoerente como se ela tivesse enorme
dificuldade de raciocinar, o que indica absoluta inaptidão para o cargo
presidencial, aliás, para quaisquer cargos, até os mais simples.
O PT
quebrou o Brasil e o abismo se abre aos nossos pés, prenunciando uma via-crúcis
ainda mais dolorosa com o rebaixamento do Brasil pela Agência de classificação
de risco Standard & Poors. Perdemos o grau de investimento e outras
agências deverão fazer o mesmo com graves consequências para nossa já combalida
economia.
Diante do
descalabro já existem 17 pedidos de impeachment de Rousseff na Câmara e o mais
expressivo é o do ex-militante petista, Hélio Bicudo. O PSDB, vergonhosamente,
covardemente, se omite, se esconde, vacila e deixa para o PMDB resolver a
questão.
Enquanto
isso, diabolicamente, Lula vai amassando o pão. Começou a atacar a criatura e,
se ela cair, ai de quem a substituir. Será massacrado pela única coisa que o PT
sabe fazer bem: uma oposição violenta, raivosa, intimidadora, boçal. Desse
modo, Lula imagina poder voltar em 2018, consolidando seu poder e o do PT.
Resta saber se o povo aprendeu a dura lição ou se seguirá sem medo de ser
infeliz rumo ao Socialismo do Século 21, da Venezuela, como quer o Foro de São
Paulo. O tempo dirá.
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