Lula
sonhava eternizar-se como o maior dos brasileiros. Terá de contentar-se em ser
o que de melhor o petismo foi capaz de produzir
Não sei,
não, mas uma desconfiança minha, até antiga, a cada dia se robustece mais.
Eu
desconfio que foi esse “dizinfiliz” do Lula que comeu o papagaio de Graciliano
Ramos e colocou a culpa no lesado do Fabiano! Acho que não, deve ser mais um
factóide criado por essa minha mente que já demonstra sinais de degeneração,
subjugada pela ação inexorável da idade e vítima inocente que tenta desesperadamente
sobreviver nos escombros do que um dia foi um cérebro com algum lampejo de vida
inteligente, mas que não resistiu aos encantos e ao assédio da “mardita”
cachaça.
Se foi o
flagelo do Garanhuns ou não, eu não sei; eu só sei que, temendo uma reação
truculenta do mal- encarado dono da cadela Baleia, ele “vazou” para as bandas
do Sul. Bom de lábia desde tenra idade, não encontrou maiores dificuldades para
se instalar por aqui e logo começou a trambicar com uns generais entediados.
Foi mais ou menos nessa época que conseguiu convencer os metalúrgicos de que
era sindicalista e viciou-se na bebida “derrubando” vários litros de Cavalo
Branco em reuniões com empresários aterrorizados, em cujos orifícios de
passagem de excremento não passava nem uma agulha sequer.
O final
dessa história é de conhecimento geral. Todos os brasileiros foram testemunhas
do seu desfecho, mas não custa nada relembrar: cansado de perseguir viúvas
pelos corredores dos sindicatos da vida, traiu o levante da Vila Euclides e
apostou todas suas fichas na fundação de um partido político capaz de assegurar
o sucesso de sua carreira política. A ascensão financeira e social seria
somente consequência. E como foi!
É triste
assistir ao prelúdio do ocaso de um líder parido no ventre das massas populares,
que tinha tudo para eternizar-se como o governante hábil e pacificador que uniu
uma nação sob o manto da liberdade, da igualdade e da brasilidade. No entanto,
derrotado pelo ego, arrisca-se a entrar para a história como um farsante que,
consumido pelo rancor incontrolável, preferiu acreditar em suas próprias
mentiras disseminando a fábula fazendo crer que foi por sua vontade que os
pobres começaram a viajar de avião assiduamente e a comer filé mignon pelo
menos duas vezes por semana, estigmatizando-os como os “burgueses bolivarianos”
criados pelo socialismo do século 21.
Diz a lenda
que Lula amou tanto a pobreza que fez dela sua companheira inseparável.
Sustentam, ainda, as más línguas, que era durante as campanhas eleitorais que
esse sentimento mostrava o quanto era grande o seu amor pelos pobres.
Símbolo
maior do apogeu apoteótico dessa jornada ao centro da (des)governança corrupta
e irresponsável capitaneada pelo ex-presidente e que aterroriza os brasileiros
há praticamente treze anos, Dilma Rousseff traduz com perfeição a dimensão do
mal que o maior de todos os petistas impôs a toda uma nação. Nessa viagem ao
encontro do caos, alguns, inconformados com o papel de meros passageiros da
alegria, foram além. Aliançaram-se. Outro tanto, ousou mais. Tornou-se
cúmplice!
Uns têm
Lula como deus. Outros, como diabo. Particularmente, não o acho nem um nem
outro. Eu o tenho somente como um embusteiro oportunista que a sorte, tudo
indica, está se cansando de bafejar e já não se preocupa mais em esconder que
ele envelheceu apenas fisicamente. A alma guarda o mesmo frescor de trinta anos
atrás. O ódio a preservou da ação do tempo.
Da mesma
forma que lhe aguçou a inteligência, a raiva companheira lhe solapou a
sabedoria. Perdeu o Brasil, perdemos nós. Infelizmente.
Mauro Pereira, 16/11/2015.
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