Numa iniciativa batizada de “Política 2.0”, estudantes e opositores de Hugo Chávez converteram a rede cibernética em plataforma de resistência ao governo, na Venezuela.
O Twitter e Facebook se tornaram valiosas fontes de informação e rumores. Uma forma de reagir às restrições impostas pelo Chávez à imprensa, em geral.
Numa reação previsível, Chávez qualificou os rivais cibernéticos de “terroristas”, num dos seus infindáveis discursos na televisão.
Chávez também convocou seus partidários às páginas da internet, pedindo que “inundem” o twitter com mensagens pró-governo.
O enfrentamento entre simpatizantes e opositores de Chávez, que já resultou em centenas de mortes, converteu-se, assim, em uma guerra cibernética.
A situação piorou depois que Chávez tirou do ar a RCTV Internacional e outras emissoras de TV a Cabo, que não transmitiam seus pronunciamentos.
Mas a maior arma contra o governo autoritário de Hugo Chávez é o telefone celular. Os estudantes se valem de mensagens transmitidas por SMS para convocar manifestações, surpreedendo a repressão policial.
Segundo dados oficiais do governo, há na Venezuela, mais telefones celulares do que habitantes (100,13%).
Por isso, tal ferramenta é ainda mais poderosa do que a internet. Apenas 28% dos venezuelanos tinham acesso à rede em 2009.
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