sábado, 30 de agosto de 2014

O DESASTRE DA TUCANO-DEPENDÊNCIA DO PT


O jihadismo petista se estruturou construindo um inimigo: o PSDB, sobretudo personificado em FHC.

Fernando Henrique saiu da cena política há 13 anos. Mas o PT não consegue atuar sem ele. A cada circunstância tem que ressuscitá-lo, dizendo que era ele que estava por trás de Serra ou de Alckmin ou agora de Aécio.

Porque o PT precisa desesperadamente do inimigo. Não para destruí-lo e sim para mantê-lo como inimigo universal e eterno.

Por isso afirmei há anos que a pior coisa que poderia acontecer ao PT seria a dissolução do PSDB (o que já deveria ter acontecido por decisão interna e pode acabar acontecendo agora à revelia, pela constelação aziaga das circunstâncias).

A guerra (no caso, a política praticada pelo PT como arte da guerra ou continuação da guerra por outros meios) é um engendramento que visa construir inimigos como pretexto para reproduzir sistemas de dominação (hierárquico-autocráticos).

Mas, para tanto, não pode destruir os inimigos (sobretudo depois que eles foram cuidadosamente escolhidos e construídos a duras penas): tem de mantê-los.
Por isso muitos dizem que o PT ficou tucano-dependente.

Marina agora entrou em cena e quebrou a bipolarização que caia como uma luva: PT x PSDB representava Esquerda x Direita, Povo x Elites, Explorados x Exploradores, Socialistas x Neoliberais ou qualquer outra besteira semelhante.

O PT não teve - e nem terá - tempo de construir Marina como inimiga e a ela não se aplicam as caracterizações de Direita, Elite, Exploradora ou Neoliberal.

E agora? Agora fudeu.

Augusto de Franco.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...