SÃO PAULO -
Após a realização de cinco protestos de movimentos que lutam por moradia na
manhã desta quinta-feira, 8, em São Paulo, representantes do Movimento dos
Trabalhadores Sem-Teto (MTST) se encontraram nesta tarde com a presidente Dilma
Rousseff (PT), em Itaquera, na zona leste. Segundo a assessoria da presidente,
ficou acordado na reunião que o Ministério das Cidades vai estudar a inclusão
de moradores de ocupações de São Paulo no programa Minha Casa Minha Vida.
Segundo um
dos coordenadores do MTST, Guilherme Boulos, o encontro durou 20 minutos e teve
a presença do prefeito Fernando Haddad (PT). "A reunião foi positiva. O
governo vai estudar a possibilidade de desapropriação do terreno onde está a
ocupação Copa do Povo, em Itaquera, para a construção de moradias
populares."
Pela manhã,
três atos simultâneos convocados pelo MTST, Movimento Popular por Moradia
(MPM)e pelo Movimento de Luta Popular (MLP) terminaram com a invasão e a
pichação de prédios das três principais construtoras responsáveis pela reforma
e construção dos estádios da Copa do Mundo: Odebrecht, Andrade Gutierrez e OAS.
A
manifestação, que teve início na estação Butantã do Metrô, se juntou à marcha
do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST), somando cerca de 1,5 mil
pessoas. Eles caminharam até o prédio da Odebrecht, onde um grupo de cerca de
150 integrantes conseguiu entrar na recepção e pichar vidros, paredes e o chão
com frases como "Copa das tropas e das empreiteiras" e "O poder
é do povo". A ação no prédio durou cerca de 15 minutos e funcionários
foram impedidos de entrar no local. "Não sei o que fazer, parece que eles
fecharam todas as portas", disse um funcionário da construtora que chegava
para trabalhar e preferiu não se identificar.
Os
manifestantes que se concentraram na Praça do Ciclista, na Avenida Paulista,
caminharam até a sede da construtora OAS, na Avenida Angélica, onde também
houve pichações. Segundo a empresa. Funcionários foram ameaçados por
manifestantes. Já o protesto em frente ao prédio da Andrade Gutierrez partiu da
Estação Berrini da CPTM.
Em nota, a Odebrecht lamentou o ocorrido: "A portaria do prédio de seu
escritório em São Paulo foi invadida por representantes do Movimento dos
Sem-terra e Sem-teto e sua fachada e recepção foram pichadas e
vandalizadas". Ainda segundo a nota, a empresa "respeita todo tipo de
manifestação pública pacífica, mas repudia qualquer ato de vandalismo". O
sistema de segurança do local foi reforçado após o ato. Também em nota, a OAS
informou que "respeita manifestações públicas pacíficas. No entanto,
repudia veementemente atos como os ocorridos nesta manhã". Até as 16h10, a
Andrade Gutierrez não havia se manifestado.
Fonte: O Estadão - 8/5/2014
Pois é, então fica assim. O país está virando um caos. Mais de 350 ônibus foram depredados no Rio de Janeiro, hoje. Os MST fazem o que querem, onde querem. Nada acontece.
O interessante é o fato dos manifestantes vandalizarem os escritórios das grandes empreiteiras, que são os maiores patrocinantes dos PeTralhas.
Mas, como costumo dizer, o caos é democrático. Vai atingir a todos.
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