sexta-feira, 23 de maio de 2014

Estado, pais e filhos: a era da inversão de valores

Dilma e Xuxa - uma ex-terrorista e uma ex-abusadora de menores.
Dupla perfeita.
Você sabe que os valores morais estão completamente invertidos quando uma mãe que faz um aborto só porque ainda não acha que é o momento ideal para ter filhos é vista como heroína das liberdades, o pai que expõe seu filho ainda garoto a todo tipo de mensagem hedonista e com apelo sexual é tratado como herói progressista, mas os pais que ousam dar uma palmada ou um beliscão no próprio filho são tratados como monstros e criminosos.

Eis o ideal progressista das esquerdas: um estado subsidiando todo tipo de aborto, banalizando a prática como se fosse simples método contraceptivo, escolas públicas distribuindo kit-gays com vídeos “ensinando” aos adolescentes que é o máximo gostar hoje de meninos, amanhã de meninas e depois de amanhã de ambos, funk com letras chulas denegrindo as mulheres tocando no lugar do hino nacional, e o estado entrando em nossas casas para prender os pais que deram uma palmada no filho.

Dá vontade de gritar: pára o mundo que eu quero descer! Pessoas sem nenhum histórico de decência moral muitas vezes estão por trás desses movimentos e projetos. Vide o caso da apresentadora Xuxa. Será que ela pode se vangloriar de seu passado no que diz respeito às crianças? Xuxa foi um bom exemplo de ensinamento moral? Alguém que chegou a fazer um filme erótico com um adolescente? Ou que apresentava seu programa infantil com roupas minúsculas?

Já comentei o caso aqui, e volto a ele uma vez mais, pois é da maior seriedade. As esquerdas querem estimular o sexo cada vez mais precoce, acham cool os pais que levam adolescentes para bailes funks, banalizam o aborto, mas se mostram chocadas com uma palmada? É sério isso? Ou é o sinal dos tempos, uma completa inversão de valores que pretende destruir os pilares familiares da sociedade?

Abaixo, mais um texto antigo meu sobre o assunto, quando passou pela primeira vez pela CCJ o projeto sobre as palmadas. Reparem de quem é a autoria: aquela que defende os “direitos humanos”, só quando tem bandido da pior espécie envolvido. Socorro!

Xuxa "educando" a molecada no passado.
Foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara o Projeto de Lei 2654/2003, de autoria de Maria do Rosário, do PT/RS. Trata-se da proibição do uso de reprimendas físicas adotadas por pais na educação de seus filhos, tais como palmadas, beliscões ou puxões de orelha. O projeto segue para votação no Senado, e caso aprovado, os pais que praticarem tais castigos estarão sujeitos a punições, desde programas de proteção à família até tratamento psicológico e cursos de orientação. Mais um caso absurdo de interferência estatal na esfera privada.

Vejo, estarrecido, alguns debates sobre o tema, todos focando na questão da eficácia ou não de tais castigos impostos aos filhos. Na minha opinião, isso sequer vem ao caso. Eu, particularmente, não sou adepto da prática de uso da força física com os filhos, e nunca bati na minha filha, assim como espero nunca me ver na suposta necessidade de tal ato. Mas jamais defenderia a perda de tal direito por parte de pais que pensem diferente. A educação dos filhos é, senão a maior, uma das maiores prioridades dos pais. Diz respeito ao foro íntimo familiar, e excetuando-se casos extremos de verdadeira violência contra a criança, o Estado não deveria dizer como os pais devem educar seus filhos.

A mentalidade paternalista por trás disso parte da premissa de que os pais são perfeitos idiotas, e que “iluminados” burocratas sabem melhor como as crianças devem ser educadas. Com certeza, observando a postura da petista que propôs tal projeto, penso bem diferente, e vejo sua educação como um grande fracasso. Com certeza faltaram uns bons puxões de orelha. Ela pode até ser bem intencionada, mas de boas intenções o inferno está cheio!

Há um enorme ranço coletivista neste projeto, suprimindo totalmente a liberdade individual. É como se homens fossem cupins, e uns poucos “sábios” decidissem como o resto do grupo deve viver. Esparta era um exemplo deste modelo, que delegava ao Estado os cuidados das crianças, desde cedo educadas no rigor militar para o “bem geral”. Atenas ia por uma linha bem diferente. O tempo mostrou qual o melhor modelo.

Os comunistas sempre pregaram esse coletivismo também, partindo do pressuposto que indivíduos são nada mais que meios para fins maiores, ligados ao bem-estar do grupo. Skinner, por exemplo, um maoísta, escreveu na década de 70 que as pessoas deveriam ser recompensadas por comer em grandes refeitórios comunitários em vez de comer em casa com a família, para economizar recursos. Outros socialistas já defenderam a idéia de separar pais e filhos, para estes serem “educados” pelo Estado. Os kibutzim israelenses tentaram adotar políticas de se criar as crianças separadas dos pais também, mas abandonaram-nas. A União Soviética e China forçaram “coletivizações”, considerando que os indivíduos são insignificantes perante o “interesse” da comunidade, que na prática é sempre o interesse de alguns indivíduos.


Esse lamentável projeto de lei é um passo nessa direção assustadora, onde os pais perdem até mesmo o direito de educarem, da melhor forma que acreditam, os seus próprios filhos. Desse jeito, é bem capaz que no futuro tenhamos uma proliferação maior ainda da mediocridade. Assim, seu filho, educado pelo Estado, poderá ser apenas mais um deputado petista, propondo novos projetos onde os pais perdem mais e mais direitos sobre a educação dos filhos. Triste destino este. Nada me apavora mais que isso quando penso na minha filha…

Rodrigo Constantino - O Estadão - 23/5/2014

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