sexta-feira, 20 de junho de 2014

O caos se estabelece na nave sem comando

O Brasil segue perdido no seu rumo, como um navio sem comando.

A presidente da república (minúsculas propositais) concentra seus esforços na campanha (ilegal) por sua reeleição. Ninguém governa o país. O Tribunal Superior Eleitoral, chefiado por um de seus apadrinhados, olha para o lado, como se nada acontecesse.

Um idiota ignorante, com mais títulos de doutor honorário do que anos de trabalho operário, continua a deitar ensinamentos éticos à população, apesar de ser o líder do partido com mais dirigentes cumprindo penas de prisão por corrupção, do país.

Grupos de vândalos operam livres, leves e soltos, destruindo patrimônio público e privado. A Polícia Militar de São Paulo faz "acordo" com movimentos ilegais e se surpreende quando este movimento não cumpre com o "acordado."

Cada dia surgem mais núcleos de "movimentos sociais", devidamente orientados para objetivos políticos, exigindo "direitos" e sendo recebidos pela mais alta autoridade do país, como se tivessem legalidade na sua representação e nas suas exigências. Um favor negado à maioria da população brasileira.

O governo federal gasta bilhões de reais em propaganda - claramente com intenção eleitoral - enquanto o país carece de investimentos em áreas básicas.

O país, amortecido pelo ópio do futebol, pára, deixa de produzir, de estudar, de pesquisar, para se grudar na telinha, como se a sua própria vida dependesse do resultado de um campeonato cuja única importância para a sua vida são exatamente os 90 minutos de entretenimento. Quando o jogo acaba, as misérias do país continuam miseráveis e o desenvolvimento nacional continua atrasado, um pouquinho mais, até.

A economia, com crescimento pífio, patina sem direção. A estabilidade monetária, arduamente conquistada há 20 anos, começa a perder força, vendo o monstro da inflação crescer a cada dia.

Os valores morais e éticos, totalmente invertidos, ensinam às novas gerações a procurar, quase somente, fazer um único esforço e obter um cargo público, na ilusão de isto vai garantir a tranquilidade na sua vida.

Fingem que não enxergam - ou até de fato não enxergam - que a conta não fecha e que não há almoço grátis no mundo: alguém vai ter que pagar esta conta.

Debaixo de uma carga tributária imensa, crescente, os passageiros desta nau de insensatos buscam sua satisfação no consumismo que não podem suportar, afundando-se em dívidas que não poderão honrar.

Os chamados representantes do povo, que só representam seus próprios interesses, fazem conluios, formam alianças, costuram acordos, com o objetivo único de se manter no poder, num país onde a oposição política não vem dos partidos de oposição e, sim, da imprensa não alinhada aos projetos de supremacia política e das redes sociais, único instrumento utilizado por um pequena parcela de população para expressar sua indignação.

A cidadania, cada vez mais dividida entre brancos, negros, índios, cotista e não cotistas, hétero e homossexuais, trabalhadores e "elites", castas criadas para colocar brasileiros contra brasileiros, invenção maléfica de uma doutrina política baseada no dividir para governar. Na falta de um "inimigo" externo, criou-se vários "inimigos" internos. Colocando-os uns contra os outros, espera-se manter a todos presos nas cadeias que eles próprios criaram ou deixaram criar.

Pequeno diante do peso da impunidade, perdido num emaranhado de leis e regulamentos que já definem até como educar seus filhos - tirando-lhes o poder divino de ser pai ou mãe - o brasileiro se apequena e longe de ser gigante ou de dar o brado retumbante converte-se numa tribo diminuta, vendo sua importância cada vez mais diminuída e sua capacidade de decisão cada vez mais reduzida.

A grande nau segue, assim, por mares nunca antes navegados, sem rumo ou direção, pilotada por desorientados e comandada por insanos.

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